quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Sintonia


Eles se entreolhavam e pareciam conhecer-se há tempos.
Ele parecia saber tudo o que ela dele precisava.
Ela parecia tocá-lo da forma com a qual queria ser tocado.
Havia química. Música.
Estavam afinados, enraizados um ao outro.
Ele: aquilo que ela sempre sonhou.
Ela: a quem ele sempre quis pertencer.
E, assim, seguiam a encantar-se e encantar o mundo.
Sozinhos, eram mudos.
Unidos, eram tudo.
Faziam com que a vida tivesse sentido ao esbanjar acordes que soavam dentro da gente.
A gente aplaudia, a gente chorava.
Os dois em sua musicalidade.
Só sentiam-se completos pertencendo um ao outro.
E sonhavam que fosse assim por toda a eternidade.


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