quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Coragem



Um tremor percorria seu corpo
Não sabia como agir
Quisá por onde começar
Dos seus ouvidos parecia o mundo oco
Preferia dali jamais sair
Faltavam-lhe forças, faltava-lhe o ar.
Em seu mundinho parecia-lhe
muito mais seguro permanecer
A sala de estar tornara-se seu maior pesadelo
Em pensar em tal ambiente, melhor seria se esconder.
Mas eis que era dado o momento
de atravessar fronteiras e a si vencer.
Passos trêmulos. Incerteza.
Seria ele capaz de àquilo ouvir e entender?
Sentou-se.
Ensaiou algumas palavras mentalmente.
Ele permanecia ali, ela aqui.
O sofá da sala de casa era o ambiente mais comum
Diferença alguma fazia se lá estivesse sentado mais um
Porém, esse mais um tinha algo importante a dizer
Parecia bastante interessante aquele documentário na tevê
Em um repente, iluminou-se seu olhar.
Resolvera a moça falar.
Coragem como aquela doravante eu nunca vi.
Respirou fundo, olhou para o pai e, com firmeza, disse:
"Eu cresci"


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